Certificação energética em casas antigas
- Ana Carolina Santos
- há 2 dias
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A Certificação Energética tornou-se um elemento fundamental no mercado imobiliário português, não só por ser obrigatória, mas também por promover a eficiência energética e a valorização dos imóveis. Este post explica, de forma clara e pragmática, como funciona a Certificação Energética em casas antigas, quais os principais desafios e oportunidades, e o que deve ter em conta para cumprir a legislação e beneficiar do processo.
O que é a Certificação Energética?
A Certificação Energética é um documento oficial que avalia o desempenho energético de um edifício, atribuindo-lhe uma classificação que vai de A+ (mais eficiente) a F (menos eficiente). Esta avaliação considera:
Isolamento térmico (paredes, coberturas, pavimentos)
Sistemas de aquecimento, arrefecimento e ventilação
Tipo de janelas e vidros
Materiais de construção e soluções técnicas utilizadas
A certificação é obrigatória em Portugal para edifícios novos e existentes sempre que são colocados para venda ou arrendamento, promovendo transparência e incentivando melhorias no consumo energético.

Certificação Energética em casas antigas: O que diz a Lei?
Segundo o Decreto-Lei n.º 118/2013, todas as casas, independentemente da sua antiguidade, necessitam de Certificado Energético quando entram no mercado para venda ou arrendamento. Este certificado deve ser apresentado antes da celebração do contrato, garantindo que o comprador ou arrendatário está informado sobre o desempenho energético do imóvel.
Situações em que o certificado é obrigatório:
Venda de imóveis
Arrendamento de imóveis
Intervenções superiores a 25% do valor do edifício (obriga à atualização do certificado)
Exceções à obrigatoriedade:
Edifícios unifamiliares autónomos com área útil igual ou inferior a 50 m²
Edifícios em ruínas destinados a reconstrução total
Desafios específicos das casas antigas
As casas antigas, construídas antes da implementação das normas de eficiência energética, enfrentam desafios particulares:
Falta de isolamento térmico nas coberturas e paredes
Janelas de vidro simples, pouco eficientes
Sistemas de climatização desatualizados ou inexistentes
Apesar destas limitações, o Certificado Energético identifica oportunidades de melhoria, como:
Instalação de vidros duplos
Aplicação de isolamento térmico em paredes e coberturas
Substituição de sistemas de aquecimento por soluções mais eficientes

“Mesmo em casas antigas, investir em eficiência energética pode aumentar o conforto e reduzir custos a longo prazo.”
Benefícios da Certificação Energética
Transparência: Informa compradores e inquilinos sobre o consumo energético e custos associados.
Valorização do imóvel: Imóveis com melhor classificação energética tendem a ser mais valorizados no mercado.
Identificação de melhorias: O relatório sugere intervenções que podem ser implementadas para melhorar a eficiência.
Redução de custos: Medidas recomendadas podem diminuir significativamente as despesas energéticas.
Procedimento para obtenção do Certificado Energético
Contactar um perito qualificado: Apenas técnicos acreditados pela ADENE podem emitir certificados.
Vistoria ao imóvel: Avaliação presencial dos sistemas, isolamento, janelas e equipamentos.
Emissão do certificado: Atribuição da classe energética e recomendações de melhoria.
Validade: O certificado é válido por 10 anos, salvo intervenções relevantes que obriguem à sua atualização.
Para considerar
A Certificação Energética, mesmo em casas antigas, é mais do que uma obrigação legal: é uma ferramenta para melhorar o conforto, reduzir custos e valorizar o seu imóvel. Aproveite as recomendações do certificado para investir em soluções de eficiência energética, adaptadas à realidade do seu edifício.