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Construção Antissísmica: Garantindo a segurança e resiliência dos edifícios em Portugal

  • Foto do escritor: Ana Carolina Santos
    Ana Carolina Santos
  • 26 de mar.
  • 2 min de leitura

O recente sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, ocorrido a 26 de agosto de 2024, trouxe à tona uma questão crucial: a segurança das nossas habitações face a eventos sísmicos. Este acontecimento sublinha a importância da construção antissísmica em Portugal, um país situado numa zona de considerável atividade sísmica.



A realidade sísmica em Portugal


Portugal encontra-se na junção das placas tectónicas Euroasiática e Africana, tornando-o vulnerável a atividade sísmica. Algumas regiões, como o Algarve, apresentam maior risco, mas outras áreas do país não estão isentas de perigo.


Apartamento após ação de um sismo
Apartamento após ação de um sismo

Evolução da legislação antissísmica


A legislação antissísmica em Portugal tem evoluído significativamente:


O Eurocódigo 8 aumentou as exigências de segurança e resiliência das estruturas em áreas sísmicas, introduzindo também diretrizes para avaliação e reforço de estruturas existentes.



O desafio das construções antigas


Em Lisboa, cerca de 60% das habitações, construídas antes de 1960, não estão preparadas para resistir a sismos. Esta realidade sublinha a necessidade urgente de intervenção no parque habitacional mais antigo.



Benefícios da construção antissísmica


  1. Proteção de vidas: Reduz significativamente o risco de colapso dos edifícios.

  2. Preservação do Património: Crucial para manter a integridade de edifícios históricos.

  3. Redução de custos: Diminui os gastos associados à recuperação pós-sismo.

  4. Resiliência comunitária: Permite uma recuperação mais rápida das cidades após eventos sísmicos.


Moradia após ação de um sismo
Moradia após ação de um sismo

Normas e tecnologias modernas


A aplicação de normas rigorosas e o uso de tecnologias modernas têm sido fundamentais para melhorar a resistência sísmica dos edifícios. O Eurocódigo 8 estabelece critérios essenciais para garantir que as estruturas possam resistir a tremores de terra.



Avaliação e reforço de estruturas existentes


A Portaria 302/2019 tornou obrigatória a avaliação da vulnerabilidade sísmica em intervenções significativas em edifícios existentes. Caso a avaliação seja insatisfatória, é obrigatório proceder ao reforço sísmico da estrutura.



O papel da fiscalização


Apesar da existência de legislação adequada, especialistas apontam para a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para garantir o cumprimento das normas antissísmicas.



Para refletir


A construção antissísmica em Portugal não é apenas uma medida preventiva, mas uma necessidade imperativa para proteger vidas e património. Face à nossa realidade geológica, é essencial que proprietários, construtores e autoridades trabalhem em conjunto para garantir a segurança e resiliência das nossas edificações.

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